Nesta oficina, compartilhamos com os alunos um pouco da nossa prática na criação do espetáculo "Ele precisa começar", com algumas das ferramentas desenvolvidas em nosso processo criativo, exercícios físicos, jogos teatrais, jogos de percepção, trabalhos com texto, estudo das relações cênicas entre ação e narração, e a técnica de improvisação "View Points", criada e desenvolvida pela diretora Anne Bogart. Afirma Alex Cassal, que também integra a equipe que traz à Paraiba o espetáculo "Ele precisa começar", com apresentação definida para o dia 14/07 em João Pessoa e 17/07, em Campina Grande.
Cassal reforça ainda que a oficina pretende estimular o material de trabalho e cada participante, seus próprios recursos corporais, vocais, e imaginativos, buscando abrir vias de acesso para novas abordagens criativas e artísticas.
Quem é o ministrante:
Alex Cassal nasceu em Porto Alegre em 1967, trabalhou nos anos 80 e 90 com os grupos teatrais gaúchos Oi Nóis Aqui Traveiz e Alcatéia. Foi um dos fundadores do Movimento de Grupos de Teatro de Rua de Porto Alegre, no qual contribuiu na busca de novas diretrizes para a arte em espaços públicos.
No Rio de Janeiro desde 1996, atua no território de cruzamento entre dança e teatro, performance e artes visuais, colaborando com artistas como Enrique Diaz, Dani Lima, Gustavo Ciríaco, Denise Stutz, Alice Ripoll e Felipe Rocha.
Depois de estrear no Espaço SESC, no Rio de Janeiro, o bem-humorado espetáculo carioca, que fala do uso da imaginação e da tentativa de realização dos desejos guardados, participa do Palco Giratório. As apresentações na Paraíba estão confirmadas para os dias 14/07 em João Pessoa, no Theatro Santa Roza às 20h, e em Campina Grande no dia 17/07, às 20h tendo como local o Teatro Sesc Centro.
Na capital paraibana a etapa de julho do Palco Giratório 2010 abrangerá também a apresentação de “Entre quatro paredes”, texto Jean Paul Sartre, dirigido por Antônio Deol, com montagem do Grupo pessoense Graxa, às 20h, dia 13/07, no Theatro Santa Roza. Vale destacar que em João Pessoa o ator e diretor Alex Cassal(“Ele precisa começar”), também no dia 13/07, estará ministrando a oficina “O trabalho do ator”, nos horários das 8h às 12h e 14h ás 18h. As inscrições estão abertas ao público interessado e podem ser realizadas no Setor de Cultura do Sesc Centro João Pessoa.
Num tom intimista e convidativo, o ator Felipe Rocha, recebe o público oferecendo café e conversando com os espectadores. Ali já se estabelece o clima simples e direto de Ele Precisa Começar. A direção do espetáculo é uma parceria de Alex Cassal com o próprio Felipe, que também é autor do texto, e que nos últimos anos vem trabalhando com o diretor Enrique Diaz em peças como “Ensaio.Hamlet” e “Gaivota – tema para um conto curto”.
O espetáculo propõe uma dança das cadeiras entre os lugares ocupados pelo ator, autor, espectador e personagem: Um ator, numa sala de teatro, conta a história de um homem de 35 anos, fechado em um quarto de hotel, que resolve escrever uma peça de teatro. Ele precisa começar. Como não tem nada planejado, esse homem escolhe a si mesmo, no seu quarto de hotel, como ponto de partida para sua história. A partilha com os espectadores do processo de criação da escrita desse texto se mistura às situações que o autor enfrenta ao ver-se abduzido pelos universos e personagens que cria.
A primeira frase escrita é uma porta que se abre para uma enxurrada de narrativas em movimento, histórias, personagens, estilos e vozes que se sobrepõem e dialogam. Como num caleidoscópio, cada movimento revela outras possibilidades, mergulhando num humor iconoclasta e delirante, capaz de passar por saltos de pára-quedas, filmes de ação dos anos 60, dramas existenciais, canções românticas, mafiosos romenos, super-heróis, estratégias performáticas de vanguarda e cinema-noir. As fronteiras entre as várias camadas de realidade e ficção; ação e narração; memória e projeção vão ficando borradas, envolvendo até mesmo os espectadores, que percebem que talvez também eles sejam, na verdade, personagens fictícios.
ELE PRECISA COMEÇAR é um espetáculo sobre o teatro, as operações da imaginação e, no fim das contas, sobre o impulso de realizar aqueles desejos guardados e adiados, os planos suspensos, como abrir um restaurante vegetariano, cantar num karaokê, pintar o cabelo de azul, escrever um livro, ter um filho ou atravessar o Oceano Atlântico num barco a remo.
O Palco Giratório é um projeto do Serviço Social do Comercio, que em João pessoa tem sua unidade Centro sediada na Rua Desembargador Souto Maior, 281. Fone: 3208-3158.
Sobre Felipe Rocha (ator, autor e co-diretor)
Nascido em Paris em 1972, faz teatro desde 1986 e formou-se em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Uni-Rio). Já trabalhou como ator com a Intrépida Trupe e com os diretores Amir Haddad, Aderbal Freire-Filho, Antonio Abujamra, Christiane Jatahy, Domingos Oliveira, João Falcão e Moacir Chaves, entre outros. Desde 2004 trabalha regularmente com o diretor Enrique Diaz, em espetáculos como “”Ensaio.Hamlet” e “Gaivota – tema para um conto curto”, entre outros, apresentando-se em Festivais na França, Rússia, Portugal, Japão, Espanha, Argentina, Alemanha, Candá, Colombia e Estados Unidos. Como bailarino em dança contemporânea trabalhou com Cristina Moura, Marcia Rubin, Dani Lima, Paulo Mantuano e Henrique Schuller.
Sua formação inclui cursos e colaborações com Jerome Bell, Vera Mantero, Olga Mesa, Tim Crouch, Thomas Lehmen, Juan Dominguez, Robert Pacitti, Nienke Reehorst (assistente de Wim Wandekeibus e Sidi Larbi Cherkaoui), Ariane Mnouchkine, Regina Advento (bailarina da Cia de Pina Bauch), Sotigui Kouyate e Ioshy Oida. Compõe música para teatro, cinema e dança desde 1989, sendo indicado três vezes ao Premio Shell de Teatro de melhor trilha sonora. Felipe Rocha também é trompetista, diretor artístico e principal compositor da banda Brasov, com a qual lançou o CD Uma noite em Tuktoyaktuk, pela Dubas / Universal.
Em 2009 Felipe Participou do projeto Estúdios, em Lisboa, e da residência artística da bolsa Recollets, em Paris, com a qual começou a escrever o seu próximo texto teatral. Em 2010, excursiona com a nova criação do “Coletivo Improviso”, dirigido por Enrique Diaz.
Sobre Alex Cassal (co-diretor)
Alex Cassal nasceu em Porto Alegre em 1967, trabalhou nos anos 80 e 90 com os grupos teatrais gaúchos Oi Nóis Aqui Traveiz e Alcatéia. Foi um dos fundadores do Movimento de Grupos de Teatro de Rua de Porto Alegre, no qual contribuiu na busca de novas diretrizes para a arte em espaços públicos.
No Rio de Janeiro desde 1996, atua no território de cruzamento entre dança e teatro, performance e artes visuais, colaborando com artistas como Enrique Diaz, Dani Lima, Gustavo Ciríaco, Denise Stutz, Alice Ripoll e Felipe Rocha.
Em 2002, foi um dos dez artistas brasileiros selecionados para o projeto Dialogue Sessions RJ Springdance, com Thomas Lehmen, Jan Ritsema e Helena Katz. Em 2005, foi um dos realizadores do evento V::E::R - 1º Encontro de Live Art do Rio de Janeiro, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Foi selecionado pelo Programa Rumos Itaú Cultural Dança 2006/2007 com dois projetos: a coreografia “Gêmeos” e o videodança “Jornada ao umbigo do mundo”, já exibido em festivais de cinema ou dança em países como Uruguai, Argentina, Chile, México, Alemanha, Grécia, Espanha, Croácia, Itália e Japão.
Em 2008, foi selecionado para o Programa de Residências Artísticas para Criadores de Iberoamérica e passou três meses no México, coordenando um projeto de pesquisa coreográfica para espaços urbanos. Em 2009, participou dos projetos Estúdios e Cartões de Visita, em Lisboa, promovidos pelo coletivo Mundo Perfeito, do diretor Tiago Rodrigues. Em 2010, colabora com o diretor carioca Enrique Diaz na nova produção do Coletivo Improviso, “Otro”.
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