Nesta sexta-feira, 13 de maio, é comemorada a Abolição da Escravatura. Depois de um período de três longos séculos, finalmente a Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel no ano de 1888, colocando em liberdade milhões de escravos em todo o país.
Os negros africanos começaram a ser trazidos para o Brasil a partir do século XVI e foram eles os principais braços da agroeconomia até 1850. Não há um consenso entre os historiadores, mas estima-se que entre 3 e 6 milhões de negros foram trazidos de vários países da África para tornarem-se escravos no Brasil.
Reis, rainhas, príncipes e princesas tiveram seus direitos subjugados e foram tratados como mercadoria durante anos, com aprovação do governo. Só a partir do século XVIII o movimento abolicionista tornou-se mais forte e começou a propagar a ideia de igualdade e liberdade pelo mundo. Por aqui, diversas leis foram criadas antes da abolição para tentar frear a exploração e o tráfico negreiro foi proibido a partir de 1850.
Em 1870, foi criada a Lei do Ventre Livre, que tornava livre os filhos de escravos nascidos depois desta data. Em 1885, foi a vez da Lei Saraiva-Cotegipe, ou do Sexagenário, que libertou os escravos com mais de 65 anos, ainda duramente explorados.
Após a abolição total, porém, a vida dos homens, mulheres e crianças libertos não ficou mais fácil. Com o preconceito encravado na sociedade patriarcal brasileira, eles não conseguiam emprego e foi dificíl adaptar-se a uma vida longe das fazendas de café. No entanto, com a rica e vasta cultura trazida de seu continente, os negros ajudaram a formar a nossa identidade nacional. A contribuição da cultura africana está na nossa língua, música, moda, culinária e literatura, entre outras coisas. Somos hoje uma só cultura, formada por negros, brancos e índios!
Como não falar também da beleza e da força da mulher negra. Desde antes da libertação, elas sempre tiveram papel determinante nas senzalas, nos quilombos e posteriormente, na sociedade, não só lutando pela igualdade racial no primeiro momento, mas também pela emancipação feminina. Hoje em dia, além de dar conta do preconceito, que ainda existe no Brasil, elas também estão em toda a sociedade, nas empresas, como chefes de família, professoras, médicas, universitárias. No jeito de andar, no requebrar do samba, nos encantos, nos sorrisos brancos. Lutando por um país mais justo para todas nós, para nossas famílias e amigos, como verdadeiras leoas. Leoas africanas.
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