A Família Canuto e a Luta Camponesa na Amazônia
A Família Canuto e A Luta Camponesa na Amazônia é um romance, publicado em 1999 pela editora da UFPA, cujo conteúdo preenche uma lacuna da história brasileira no período entre a Guerrilha do Araguaia e a Nova República.
João Canuto, o chefe da família, contribuiu para a organização política e sindical na região Sul do estado do Pará, norte do Brasil. Fundou o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, atuou no movimento de base da Igreja Católica e foi candidato na primeira eleição à Prefeitura de Rio Maria. Por poucos votos não foi eleito. Enfrentou o crime organizado que matava os trabalhadores rurais como se fossem bichos do mato. Lutou contra a impunidade dos assassinos e dos mandantes de camponeses, por isso foi assassinado. Infelizmente o processo de julgamento dos assassinos e mandantes do crime contra João Canuto nunca foi concluído.
Os filhos de João Canuto deram continuidade a sua luta em prol dos trabalhadores do campo. José, Paulo e Orlando foram seqüestrados e metralhados, apenas Orlando conseguiu escapar perfurado de balas.
A Família Canuto de luto e desestruturada se refugiou em Belém.
Essa é mais uma estória que fere vergonhosamente a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O livro foi premiado pela Câmara Brasileira do Livro com o Jabuti de Literatura na categoria romance/reportagem em 2001. Esse é um dos principais prêmios de literatura da América Latina. Edição da EDUFPA, 1999. 384 páginas. R$ 38,00.
O Ensino das Artes Cênicas na Escola Fundamental e Média
Esse é o primeiro livro na língua portuguesa que aborda as linguagens do teatro, dança, circo e ópera, com tratamento teórico e prático, voltado para as escolas de ensino fundamental e médio. Por esse motivo é muito adotado por universidades que têm licenciatura em teatro, em artes cênicas e pedagogia.
O livro, que foi publicado em 2001, critica a Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDB que acabou com a obrigatoriedade do ensino das artes cênicas, deixando apenas o teatro e a dança. Com essa mudança o circo e a ópera ficaram fora da escola formal. O circo ficou marginalizado porque é de periferia, logo não precisa ser ensinado/experimentado. A ópera porque é elitizada. Na verdade o circo nunca sai do imaginário de quem, pelo menos uma vez, já o assistiu. E a ópera está longe de ser apenas aquele expressão lírica. O Bumba-meu-boi, a Nau Catarineta e outras expressões da cultura popular são verdadeiras óperas populares que devem fazer parte do universo lúdico e cultural que a escola tanto precisa.
Não obstante essa compreensão legal, o livro defende a tese de que essa visão legal e restritiva está na contra-mão da história tendo em vista que as quatro linguagens cênicas cada vez mais se complementam tornando-se indissociáveis. Os trabalhos cênicos do final do século XX e início do XXI, Cirque du Soleil, Intrépida Troupe, Nau de Ícaros, circo Mínimo, Grupo Lume etc., têm como referência as quatro linguagens concomitantemente. Logo, deve-se sim trabalhar na escola, pedagogicamente, com as artes cênicas na plenitude do teatro, da dança, do circo e da ópera. Edição do autor, 2001. 203 páginas. R$ 30,00.
Teatro de Atitudes
Teatro de Atitudes é um livro, publicado em 2005 pela editora Sal da Terra, que foi pensado com o intuito de fomentar a discussão em torno do teatro paraibano e, mais especificamente, da nossa dramaturgia. Há uma discussão teórica sobre o que venha a ser teatro de atitudes e há a publicação de dois textos teatrais de Carlos Cartaxo: O Espigão Gaiato e O Tico-Tico Cantador. Essa experiência é exórdio à tese do teatro de atitudes.
Dramaturgia é um gênero literário pouco lido no Brasil. Esse comportamento é o inverso do que acontece nos países desenvolvidos. Buscando o contrário desse procedimento publicamos dois textos teatrais como forma de estimular esse tipo de leitura. Como buscamos o debate a partir da escrita teatral, elaboramos esse trabalho tendo como referencial a história do teatro a partir da dramaturgia universal.
A compreensão do teatro de atitudes passa, necessariamente, pelo entendimento de que o teatro, assim como todas as expressões cênicas, não têm apenas a função de distrair, mas comunicar. Comunicar idéias, princípios, crenças e valores.
O teatro de atitudes é o aprofundamento de uma tendência que não pretende apenas o entretenimento, nem a reflexão, mas, a ação. Ele demonstra que a arte, e mais especifica-mente no nosso caso o teatro, possibilita uma inserção provocadora, quebrando paradigmas e proporcionando atitudes significativas para uma sociedade moderna, mas solidária, saudável e civilizada.
A orientação do teatro de atitudes não é, apenas, fazer um teatro engajado, um teatro a serviço de um único seguimento ideológico ou institucional. O propósito sempre foi provocar ações e reações em torno de um assunto polêmico que vai de encontro aos interesses da coletividade.
Edição da Salda Terra, 2005. 196 páginas. R$ 28,00.
Teatro determinado
Esse é um trabalho de literatura dramática, pois trata da publicação de cinco textos teatrais escritos a partir de experiências em atividades didáticas de extensão universitária. A obra foi publicada em 2009 pela editora Sal da Terra e está estruturada com base em gêneros teatrais. Há uma abordagem sobre revista teatral com a respectiva publicação dos textos: A carne é fraca e Terra Brasilis. Em seguida se aborda o teatro de rua com a publicação de A mangueira. Aborda-se também a relação da dramaturgia com o meio ambiente e publica-se A Saga do caranguejeiro. Por último aborda-se o teatro do absurdo e publica-se o texto Diálogos do absurdo.
Dois textos foram escrito em parcerias. No caso de A Carne é fraca a parceira foi com Marcos Dias Novo. Em A saga do caranguejeiro foi com Guto Sarmento, Jefferson Souza, Ivaney Darling, Márcia Lima e Vergara Filho. Os outros textos: Terra Brasilis, A mangueira e Diálogos do absurdo, foram escritos por Carlos Cartaxo, mas, considerando as pesquisas realizadas pelos participantes das experiências.
Dois textos foram pesquisados, escritos e montados em Belém do Pará: A mangueira, em 1994 e A saga do caranguejeiro, em 1998/1999. Os textos: A Carne é Fraca, em 1985: Diálogos do absurdo, em 2001 e Terra Brasilis, em 2002, foram trabalhados em João Pessoa.
Escrever para teatro é muito difícil e exige muito exercício e determinação, por esse motivo o livro é Teatro determinado. Ele é fruto de um propósito de escrever e exercitar sem deter a vontade de criar, sem se sentir minado pela crítica, sem medo de rótulos e conceitos que, por ventura, nos amarrariam a ideia do que é certo, inserindo-nos o temor e o limite da criação. Esse trabalho é fruto de experiências de escritas e pesquisas coletivas. Porém, não bastou ser um trabalho coletivo, o que de fato nos uniu foi uma relação ideológica que constituiu um lago de idéias, fruto de mananciais individuais que, como riachos, desaguavam no que chamamos teatro solidário, até porque o espetáculo teatral não deve morrer em si, mas continuar eternizado através da literatura dramática, gerando conhecimento, prazer e propiciando um efeito multiplicador através de novas montagens. Edição Sal da Terra. 240 páginas. R$ 32,00.
Geraldeando
Geraldeando é uma obra de dramaturgia. Adaptação de sete contos de Geraldo Maciel para teatro: O amor é quase eterno; As duas esposas; A grande explosão; A doce rapadura da vingança; Meus meninos; O que posso lhe contar?; E, Porque somos muito pobres. O livro é fruto de uma experiência construcionista na zona urbana e rural da cidade de Nova Palmeira, Paraíba, onde professoras, alunos e comunidade leram contos de Geraldo Maciel, leram textos teatrais, dos contos lidos adaptaram sete para teatro e, concluíram a experiência encenando cinco textos. Carlos Cartaxo, coordenador do projeto e organizador da obra, trabalhou com a metodologia construcionista onde os participantes do projeto mergulharam no universo literário, lendo, escrevendo e construindo o processo e o resultado, no caso, o livro Geraldeando. Edição da Manufatura, 2010. 164 páginas. R$ 25,00.
Ação Educativa para Cidadania
Livro organizado por Carlos Cartaxo, em conjunto com colegas da Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da UFPB. Essa obra é fruto de um trabalho de extensão universitária realizado em 2002 na cidade paraibana de Pedras de Fogo.
O livro é um conjunto de artigos multidisciplinares nas áreas de: assistência social, saúde, psicologia, administração, pedagogia, arte e cultura, escritos por professores, técnicos e estudantes que partilharam do processo, possibilitando permutas de conhecimentos que fomentaram uma aprendizagem coletiva. Destaca-se o artigo: A importância da animação cultural em trabalhos de extensão. EDUFPB, 2006. 141 páginas. R$ 20,00.
Publicou contos nos livros:
Sonho de Feliz Cidade. Coletânea de contos que homenageia a cidade de João Pessoa. Participou com o conto Parahyba. Edição Sebo Cultural. João Pessoa, 2007.
Histórias de Sábado. Essa obra é uma antologia com Clube do Conto da Paraíba onde participo com dois contos: Pressa, maldita pressa e Chuva. O livro que tem 95 páginas. É uma edição da FUNJOPE e foi publicado pela Editora Liceu, Recife-PE, 2008. R$ 20,00.
As obras podem ser adquiridas em livrarias e pela internet em http://www.osebocultural.com.br/ ou direto com o autor através do email cartaxocarlos@hotmail.com
Carlos Cartaxo
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